Quando se fala em mulheres fortes na Segunda Guerra Mundial, geralmente Anne Frank é lembrada.
A judia foi uma das milhares de vítimas do nazismo e morreu aos 15 anos em Bergen-Belsen, um campo de concentração na Alemanha.
Sua história ficou conhecida pois a garota manteve um diário desde os 13 anos. Nele contava seu dia-a-dia, relatando sentimentos e a convivência com oito pessoas em um esconderijo.
Das pessoas escondidas, a única que sobreviveu foi seu pai, Otto Frank. Ele encontrou os escritos da filha e publicou o livro O diário de Anne Frank em 1947, um dos mais verdadeiros e emocionantes testemunhos do período.
. Em 1999, foi contemplada como uma das pessoas mais importantes do século XX em uma lista organizada pela revista Time.
Com o crescente número de manifestações antissemitas na Alemanha em 1933, um resultado da ascensão do Partido Nazista ao governo alemão, a família de Frank começou a temer em continuar no país, mudando-se no ano seguinte para Amsterdã. Em maio de 1940, após a invasão nazista aos Países Baixos, aumentaram gradativamente as perseguições aos judeus, além de terem sido criadas leis que os proibiam de frequentar diversos estabelecimentos. Dois anos depois, a família decidiu se esconder em compartimentos secretos de um edifício comercial, dividindo-o com mais quatro amigos. Em 4 de agosto de 1944, o grupo foi traído misteriosamente e teve a localização do esconderijo revelada para a Gestapo, acabando por serem transferidos para diversos campos de concentração. Em companhia de sua irmã, Margot Frank, a jovem foi transportada até Bergen-Belsen onde, provavelmente, morreram vítimas de tifo epidêmico em um dia desconhecido de fevereiro ou março de 1945.
Após o final da guerra, o único sobrevivente do grupo foi o pai de Anne, Otto Frank, que retornou para Amsterdã e descobriu que o diário da filha havia sido salvo por Miep Gies, uma das funcionárias da empresa que havia ajudado a família durante a vida em esconderijo. Otto publicou o diário em 1947 e, desde então, foi traduzido para mais de 70 línguas e comercializou cerca de 35 milhões de unidades em todo o mundo.[10][11] Além disso, autores têm reconhecido o impacto do livro sobre a humanidade ao longo dos anos, sendo referido como fonte de incentivo para políticos como Nelson Mandela e Eleanor Roosevelt. Em 1960, foi inaugurado o museu Casa de Anne Frank, ponto turístico que tem atraído mais de 1,2 milhão de visitantes anualmente.
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