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Body shaming: porque o peso de uma mulher é sempre assunto.

Entenda como exagero de exposição através das mídias sociais podem gerar consequências prejudiciais como a vergonha do próprio corpo



Você sabe o que é body shaming? Se você sabe, ótimo, mas se não sabe, vem comigo que eu te explico. A palavra inglesa é usada para nomear as atitudes cada vez mais destrutivas nas redes sociais. Infelizmente.

Lembre-se recentemente que Demi Lovato, que sofre de distúrbios alimentares e depressão, postou uma foto de biquíni sem Photoshop e viu muitas críticas positivas comemorando a libertação dela e de outras mulheres da busca por fakes Perfect. , mas também viu uma enxurrada de comentários ofensivos sobre sua celulite, estrias, etc. destinados a fazer você sentir vergonha do seu corpo? Depois: body shaming.


Apoio Familiar

No Brasil não existem dados estatísticos sobre esse tipo de comportamento e suas implicações, mas, nos EUA, pesquisas mostram que de 2009 a 2015, a automutilação entre meninas cresceu quatro vezes, e os casos de depressão aumentaram em até 70%. “A automutilação e a depressão são dois transtornos intimamente ligados ao Body Shaming, mas não são os únicos. Transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia, e ainda a ansiedade e a baixa autoestima também podem ter tudo a ver. Nesses cenários, contar com apoio profissional de psiquiatras e psicólogos é essencial. Mas a família é quem terá um papel preponderante na busca por uma melhora. Não adianta nada ficar falando ‘olha, você tem tudo, não reclame’ ou ‘preocupe-se com outras coisas mais importantes’. É preciso que os pais validem o sofrimento dos filhos e não o minimizem. Muitas vezes, os próprios pais necessitam de um apoio profissional psicológico. A escola também pode ter um papel importante no processo. E as meninas adolescentes são as mais suscetíveis porque ainda não têm a identidade formada. E é necessário afirmar que quanto maior for o isolamento, maior será o sofrimento”, explica Drulla.

Body Positive

Existe um movimento chamado Body Positive, que atua no sentido contrário ao Body Shaming. Ele prega que a indústria da beleza e outros segmentos valorizem todo e qualquer tipo de corpo. Porém, para Adriana Drulla, esse caminho também é equivocado. “Podemos, no máximo, dizer que é “menos pior”. Apesar da boa intenção, da busca pela diversidade nas mídias e redes sociais, o corpo continua sendo o protagonista da história, só é mudado o paradigma. Claro que é melhor do que só ter a hegemonia de um ideal, mas o caminho correto é a valorização de outros aspectos humanos e não apenas o estético”, conclui a psicóloga.

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