Cresce o número de mulheres que se tornam investidoras no Brasil, inclusive na Bolsa de Valores; entenda aqui o que você precisa saber para começar
O mercado de investimentos tradicional ainda é dominado por homens e – sem surpresa – sexista. Isso também se estende aos ativos criptográficos, mas assim como o investimento direto nas bolsas de valores e no Tesouro, as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço no uso da tecnologia blockchain e no uso de criptomoedas para controlar suas finanças, portanto, suas vidas. Esta conclusão faz parte do "Global Women and Cryptocurrency Report" dos pesquisadores Marina Spindler e Paulina Rodriguez, que foi publicado em órgãos da indústria como Women in Blockchain Boston, Meta Gamma Delta DAO, Blockchain for Humans, Blockchain Education Network e muito mais com a ajuda de. Gitcoin, Avalanche, Celo e SheFi, além de entidades como Banco Mundial, Fórum Econômico Mundial e UNICEF.
Após ouvir 60 investidoras de criptomoedas em 31 países desde março do ano passado, as pesquisadoras observaram que a maioria das mulheres passou, em algum momento, por alguma crise envolvendo inflação alta, desvalorização da moeda local, dívida incapacitante e/ou isolamento financeiro. Mais da metade das entrevistadas é da América Latina e muitas delas usam as criptomoedas como forma de sustento e não para especulação no mercado financeiro.
"Essas experiências as inspiraram a buscar sua própria educação financeira e independência", afirmam as autoras, destacando que os achados da pesquisa mostram que as instituições podem usar as criptomoedas para promover a inclusão financeira.
A especialista recomenda três passos fundamentais para a mulher que quer ingressar no mercado de investimentos:
Primeiro passo: comece compreendendo as diferenças, as vantagens e as desvantagens dos bancos tradicionais, bancos digitais e corretoras. A indicação é pesquisar na internet primeiro, em sites e perfis confiáveis, e também se informar com representantes dessas instituições financeiras, que podem tirar todas as suas dúvidas.
Segundo passo: monte um fundo de reserva, aquele que você pode usar a qualquer momento nos próximos 12 meses. Esses são, geralmente, investimentos de baixo risco, com liquidez imediata, a chamada renda fixa. Alguns exemplos são:
Títulos do Tesouro Direto;
CDB (Certificados de Depósito Bancário);
LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio);
CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio);
LC (Letra de Crédito);
Debêntures.
Terceiro passo: garantida a sua reserva, é hora de diversificar a carteira. É importante defini-la de acordo com a sua realidade financeira, entendendo quanto você pode disponibilizar para investir e os riscos que está disposta a correr. Uma forma de montar essa carteira é determinar os prazos para a realização dos seus projetos. Aqueles que são de curto prazo, ou seja, até 2 anos, devem ter investimentos colocados em ativos de baixo risco, como os já citados acima. Para os de médio prazo, ou seja, de 2 a 8 anos, já dá para aumentar um pouco o risco da carteira e ampliar a quantidade de investimentos possíveis. Para os de longo prazo, começam aqueles investimentos mais voláteis, a chamada renda variável, entre eles:
Ações;
Fundos imobiliários;
Câmbio e moedas;
ETFs;
Independentemente do seu perfil e de onde você irá colocar seu dinheiro, uma coisa é certa: investir pode ser um bom caminho para realizar seus sonhos e da sua família de forma mais simples e rápida.
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